Como Fazem as Outras Mães – Luísa Barbosa
Estas partilhas na série “como fazem as outras mães” têm ajudado imenso a desmistificar a utilização das fraldas reutilizáveis. Ao partilhar a experiência de uma mãe diferente todas as semanas, é possível mostrar que não há apenas “uma” maneira certa de as utilizar, mas sim aquela que mais bem se adapta à nossa rotina e vida.
A Mãe desta semana é uma cara (e voz) conhecida dos Portugueses – a Luísa Barbosa é apresentadora de televisão e locutora de rádio. Vamos conhecer então a Luísa? Respostas fornecidas, na íntegra.
1.Como soubeste da existência das fraldas?
Nós descobrimos as fraldas reutilizáveis graças ao nosso curso de preparação para o parto, no Centro Pré e Pós Parto. Depois seguiu-se muita pesquisa no pinterest, internet e, finalmente, uma visita à ecological kids, onde nos explicaram tudo e de onde viemos com um pack.
2.Usaste de RN? Se não, porquê?
Usámos. Só não usámos FR nos primeiros 5 dias de vida da Aura, até à queda do coto umbilical, porque nos fazia confusão e não a queríamos magoar, As descartáveis permitiam dobrar à frente e assim não lhe tocar.
3. Quais os sistemas e fraldas preferidas e porquê?
Nós preferimos as ‘all in 2’, com absorventes amovíveis, porque nos dá uma maior versatilidade e porque podemos secar os absorventes na máquina (as fraldas secam muito mais depressa e não podem secar na máquina). Além disso, podemos adaptar a capacidade de absorção de cada fralda dependendo dos absorventes que usamos, que podem ir variando. Encontre aqui um resumo dos vários tipos de fraldas.
4. Como é a rotina de lavagem?
Neste momento, lavamos dia sim, dia não. Fazemos uma primeira volta num programa mais curto, a frio, só para passar por água e retirar resíduos sólidos, e depois um programa maior, a 30/40 graus, com detergente específico para fraldas.
5. O que vês como a maior vantagem da sua utilização?
Todas! Percebo que pareça complicado criar uma rotina para lavar e montar as fraldas mas depois de o fazerem. é só vantagens: poupamos dinheiro, nunca temos de ir à rua à procura de fraldas porque temos sempre em casa. Nunca tivemos daquelas estórias de fugas com cocó até ao pescoço (embora perceba que, às vezes, é uma questão de como se coloca a fralda e não do tipo de fralda). Sentimo-nos mais confortáveis ao vestir a nossa bebé com estas fraldas. Das poucas vezes que tivemos de usar descartáveis (quando ficámos num hotel e não podíamos lavar) odiámos a sensação. Era como se lhe estivéssemos a vestir um saco de plástico. E, claro, a questão ambiental também é algo muito presente para nós. Prefiro ter de estender e apanhar fraldas a deitar fora 10 fraldas por dia, sabendo que não existe método de compostagem/reciclagem.
6. O que vês como desvantagem/desafio?
Acima de tudo, temos de compreender que existe uma curva de aprendizagem, especialmente porque há pouca informação em Portugal. Vamos ter de perceber que detergentes podemos usar, que cuidados devemos ter para que as fraldas durem e se mantenham eficientes, nomeadamente com a lavagem e secagem, como vamos integrar a rotina das fraldas no nosso dia-a-dia… Especialmente quando trazemos um recém-nascido para casa, pode parecer muito complicado. Mas, na realidade, não é. Passa a ser hábito e a fazer parte do normal funcionamento das tarefas domésticas.
7. Qual a atitude do companheiro?
O Francisco adora e diz sempre que foi a melhor decisão que tomámos no que toca a enxoval da bebé. Recomenda a todos os amigos e sempre tratou das fraldas. Aliás, as primeiras vezes que usou a máquina de lavar roupa foi para lavar as FR, o que mostra bem a facilidade da tarefa.